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Aniversário de Morte de Madre Clara e Dia da Consciência Negra

Artigo do Educador Gilberto Ludwig.

Aniversário de Morte de Madre Clara e Dia da Consciência Negra

O mês de novembro nos coloca várias temáticas para as nossas reflexões. Uma se refere à Madre Clara, nossa fundadora e inspiradora, ponto de partida de nossa espiritualidade e das nossas ações. Sua visão e ação proféticas levam-nos a uma vida Cristã sempre atualizada da proposta evangélica. Sua inspiração nos conduz a ações condizentes à pratica evangélica: devemos sempre estar atentos ao que acontece aos preferidos de Deus. Nosso culto, nossa oração, nossa prática devem partir de uma ética e de uma ótica que promovam caridade, bondade, união e justiça.

A outra temática refere-se a diversidade cultural, notadamente, a questão racial. Estamos vivendo um momento de recrudescimento de atitudes negativas em relação a minorias bastante assustador, desde as questões de sexualidade às étnicas (racismo). A frase "É ainda fértil o útero do qual veio a besta”, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, quando a Segunda Guerra Mundial estava em seu auge, nunca nos pareceu tão atual como nos dias de hoje.   Há uma produção sistemática de distorção ou de ignorância de realidades históricas que impedem as pessoas tomar consciência do racismo ou da sua negação. Apesar de todos os esforços e empenho para a superação do racismo, cada vez mais temos notícias ou fatos que nos chegam, afirmando e confirmando nossa sociedade como racista. A novidade mais cruel talvez seja o componente grudado às práticas discriminatórias: o ódio ao diferente.

Para tanto, é essencial que se tenha uma estratégia intelectual e ética para abalar a mentalidade racista. Num primeiro momento, devemos resgatar a base histórica e cultural do racismo (desenvolver uma arqueologia das causas profundas do racismo), desconstruir a fecundidade dos argumentos racistas e denunciar a banalização orquestrada pela mídia, reconhecendo a realidade da diversidade cultural etnicorreligiosa como base para o diálogo dos diferentes. Num segundo momento, resgatar personalidades históricas, acima de qualquer suspeita, que fizeram da sua vida uma total entrega para o resgate da dignidade do outro, do diferente. Cabe-nos, por isso, reafirmar, constantemente, as nossas fontes primeiras: a Boa-Nova e a espiritualidade Franciscano-Aparecida.

E assim podermos aprender a viver juntos na Paz e no Bem!

 

Gilberto Ludwig - Ensino Religioso

 

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