2º Encontro de Formação dos Funcionários
Ah, a difícil tarefa de se viver em comunidade. Cada um de nós é uma pequena ilha, emaranhada nas raízes de seu próprio ser.
Ah, a difícil tarefa de se viver em comunidade. Cada um de nós é uma pequena ilha, emaranhada nas raízes de seu próprio ser. Porém, invariavelmente, esta ilha encontra-se com outras ilhas e faz-se necessário, nestes encontros, unirmos todas as ilhas e formarmos um continente. Tarefa difícil, mas não impossível. É o treinamento de toda uma vida: a socialização.
Quando me encontro em franca atividade social, sei que terei de relaxar minhas raízes, deixando-as tocar em meu colega, deixando-as levar e ser levada por ele. Assim, poderei compartilhar o que há de mais sublime no interior de minha ilha.
O 2º Encontro de Formação de Funcionários começou com a parábola dos talentos, na qual aprendemos que Deus deu-nos talentos de acordo com nossas capacidades, ele nos conhece e sabe de que somos capazes. Cabe a nós utilizarmos nossos talentos da melhor forma possível. Multiplicando e contagiando as outras ilhas, ou escondendo-o sem partilhar com os outros tudo o que Deus nos deu.
O que posso fazer com meu talento? O que faço com ele durante a minha vida, durante o meu dia, que, mesmo corrido, encontro-me com tantas outras ilhas? E em meu trabalho? Compartilho? Multiplico meus talentos? Ou simplesmente cumpro tarefas esperando o final do dia?
A tarefa de viver em comunidade não é das mais fáceis. Ser feliz e ser responsável pela felicidade do outro parece impossível! Mas, quais os talentos que Deus me deu? Estou usando-os? Estou multiplicando-os? Coloco meus talentos a serviço de minha família, de meus amigos, de meu trabalho? Ou fico sozinha em minha ilha sem deixar que a luz de meu talento ilumine outras ilhas e esta iluminação fique cada vez mais intensa?
Nesta manhã de Formação, após o momento de reflexão, alimento para o espírito, houve um momento de alimento para o corpo, no qual, através de jogos lúdicos de Educação Física, mais uma vez, pudemos partilhar a união, a colaboração, o trabalho em equipe. E mais uma vez, minha ilha colocou-se à disposição das outras ilhas, em um trabalho colaborativo que expressa quem somos em sociedade. Mais uma vez, dispomos nossos talentos a favor do outro.
Finalizamos a manhã com uma dinâmica de grupo, na qual observamos nosso talento e nossa capacidade de ouvir e enxergar o outro de maneira integral. Colocar-me à disposição de meu colega para escutar, simplesmente, passivamente...Tarefa obrigatória na atividade proposta, mas tão descuidada no dia-a-dia, pois nem sempre somos bons ouvintes. Falta de tempo, falta de paciência, falta de vontade... Não importa, a capacidade de ouvir também é um dom a ser trabalhado, multiplicado.
Assim, tivemos uma bela manhã de reflexão a partir da Palavra de Deus. Fazendo surgir dentro de cada um dos presentes uma chama que irá se intensificar, ou não, de acordo com os nossos talentos.
Silvana Corrêa
Bibliotecária