Os diferentes níveis de aprendizagem em uma sala de aula
Artigo da Educadora Simone Pesente.
Sou alfabetizadora há vinte e sete anos e durante a minha caminhada como educadora, em sala de aula, observo que cada vez mais, as turmas são heterogêneas, ou seja, educandos em etapas diferentes no processo de alfabetização.
Após o período de sondagem e de testagens iniciais, percebemos estudantes em diferentes níveis de aprendizagem. E, o que fazer na sala de aula, com turmas tão heterogêneas?
Não dá mais pra trabalhar da mesma forma com todos!
As habilidades e os objetos de conhecimento previstos no plano de estudos da etapa são abordados com todos os estudantes. Porém, a diferença está na intervenção do educador e nas diferentes formas de trabalho para cada grupo.
Haverá estudantes formando frases e outros completando palavras, com letra inicial e final. Alguns, neste primeiro momento, estarão lendo fluentemente, outros com leitura “silabada” e outros, ainda, necessitando de muito auxílio para unir os sons.
Em sala de aula, propomos diferentes atividades, de acordo com o nível em que cada educando se encontra. É necessário valorizar cada fato novo, cada conquista. Vibrar, abraçar, dar recados positivos, são essenciais para a autoestima do educando. Estimular a leitura de uma palavra, uma frase, um parágrafo ou um texto, utilizar recursos como microfone para palestras, fono-fone, incentivam e valorizam a leitura.
Salientamos aos estudantes que o importante é ler, ao menos uma palavra, ou até mesmo, a leitura de imagens, para aqueles que estão iniciando nesse processo de alfabetização.
O importante é o incentivo, o acompanhamento constante e individualizado, o respeito ao desenvolvimento de cada um. A família deve entender este processo e auxiliar em casa, de acordo com as dicas dadas pelo educador. A parceria entre a escola e a família é de extrema importância para o sucesso de nossos educandos.)
Educadora Simone Pesente – 2º ano - Escola Nossa Senhora do Brasil